quinta-feira, 28 de agosto de 2008
No dos outros é refresco...
TPM... Eu achava que era a pessoa mais insuportável do mundo... Mas descobri que não... Hora de ir embora! Entro no tubo (para os não-curitibanos: ponto de ônibus, insuportavelmente lotado...) e ouço uma voz estridente:
- Você está me empurrandooo?
E o menino bonzinho, com cara e cabelinho de anjo responde:
- Claro que não, amor! Nem toquei em você!
E a polaquinha da voz estridente:
- Tocou sim, você me bateu!!!
E o anjinho:
- Por que esse mau humor?
E a vozinha estridente:
- Meu dia foi cansativo! Estava na aula até agora!
Olho no relógio: 18:30... Aposto que todo mundo ali estava trabalhando, estudando e não havia ninguém mais berrando feito louca! Nem eu com minha insandecida TPM!
Silêncio do anjinho...
- Eu tenho mau humor todos os dias! Essa sou eu!
(Pior, muito pior do que eu pensava)
O anjinho, tentando não ser um cara fraco que cede ao capricho de mulheres barraqueiras:
- Eu fiquei chateado que você não quis ir comigo lá!
E a louca:
- Eu não sou obrigada a ouvir isso, depois de tudo que estou passando! Eu tenho prova do Detran semana que vem, esqueceu?
E ele (a essa altura já fazendo papel de bobo):
- Era um jeito de você se distrair um pouco!
- Me distraiiiiir (com a voz ainda mais estridente)? E como você queria que eu fosse? Meu pai está em São José hoje!
- E por que você não falou?
- Você deveria saber, já que quer tanto ser o meu namorado!
Ele tentou responder! Mas ela, com sua voz estridente disse antes:
- Sabe de uma coisa? Por que você não cala essa sua boca? Não suporto a sua voz!
E o menino:
- Tem razão, eu não sou seu namorado, não sou nada seu e nem tenho que ficar ouvindo esse tipo de coisa!
Pegou um livro que estava na mochila dele, entregou pra ela e saiu fora!
Parabéns, mala da voz estridente! Você acabou de criar um cafajeste! Daquele tipo que não tem paciência com frescura de mulher!
A essa altura, o meu singelo mau humor havia passado... Pra ela, foi trágico... Mas eu e meio buzão nos divertimos como eu jamais me divertiria em um ônibus lotado durante uma crise de TPM!
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Alguma coisa acontece no meu coração...
Não querendo ser bairrista, mas dois Curitibanos conversando:
"- A pizza da Baggio é boa pra caralho!
- Cara, a melhor pizza de Curitiba é a do Avenida Paulista!
- Certeza... A pizza de lá apavora qualquer outra!"
Peraí, Avenida Paulista fica onde mesmo?
"Sonho antigo do empresário Sílvio Perissinotti e do amigo arquiteto Roberto Magnani em trazer para Curitiba um modelo então inédito de negócio tendo como prato principal a gloriosa pizza no melhor tempero paulista. Paulistanos típicos deram o nome a casa em homenagem a capital da pizza. "
Ah tá...
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Dizem que não há nada que você não se acostume!
Desde criança se alguém me perguntasse se eu teria mais pânico de uma cobra peçonhenta, um révolver na cabeça ou uma gota de sangue, certamente eu me apavoraria muito mais diante do inocente tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos aninais vertebrados e que tem como função a manutenção da vida do organismo.
Sempre fui do tipo que desmaiava ao ver um simples corte... E quando me machucava achava que nem tinha doído... Até olhar aquele líquido vermelho escorrendo e abrir o berreiro! E o fiasco para doar sangue? Chorava e meu braço tremia só de olhar para aquela bolsa!
Mas a vida, a vida essa sim é uma caixinha de surpresas...
Sou estudante do Curso de Comunicação Institucional e bizarramente durante o primeiro período da faculdade vim estagiar na Divisão de Assistência á Saúde , vulgo enfermaria, da universidade em que estudo... Naquele momento esse estágio era tentador. Eu teria a tranquilidade que há tempos não tinha em nenhum emprego... E precisava daquilo... A vida é cíclica, hoje necessito de um Estágio/Emprego que exija o máximo de mim... Que eu tenha bastante reponsabilidades, tarefas... Mas ali meu objetivo era outro! Eu tinha tempo, conforto e paz!
Então fui descobrindo o que se faz em uma enfermaria de uma universidade:
Eu passo boa parte do tempo aqui no estágio sozinha (o que eu acho excelente)! E vira e mexe chega um ou outro cortado. Saber fazer um curativo simples, eu sempre soube ( já me ralei bastante nessa vida). No começo eu me negava, pedia pra voltar na hora que a enfermeira chegasse (quando era algo de leve) e já cheguei a chamar a Plus Santé (conveniada que faz atendimento médico emergencial aqui) para passar água oxigenada, anti-séptico e colocar bandaid no dedo de uma menina...
Até um dia que eu resolvi ceder... Enfermeira no intervavo. O cara chegou com um raladinho de nada na testa e eu vi que ele tiraria o meu sossego até eu fazer o maldito curativo... então, coloquei a luva descartável, respirei fundo e quando vi havia prestado meu primeiro atendimento cirúrgico... Depois disso eu determinei que quando o machucado fosse no dedo, eu faria o curativo... Um dia chegou um menino com o supercílio aberto! Até eu chamar a Plus o mundo já estaria ensanguentado ( o povo faz questão de se estrupiar sempre no intervalo da pobre enfermeira)... Então lá fui eu, com meu instinto Dr. House... E hoje quando me dei conta, estava acalmando uma menina enquanto com toda a serenidade do mundo tentava estancar o sangue do dedo dela, que estava com um puta corte que a princípio parecia que precisaria dar ponto!
Esse não é o estágio dos meus sonhos, mas tenho certeza que se eu superei isso, não tem Gerenciamento de Crise, Evento ou Assessoria de Imprensa que eu não dê conta...
Sempre fui do tipo que desmaiava ao ver um simples corte... E quando me machucava achava que nem tinha doído... Até olhar aquele líquido vermelho escorrendo e abrir o berreiro! E o fiasco para doar sangue? Chorava e meu braço tremia só de olhar para aquela bolsa!
Mas a vida, a vida essa sim é uma caixinha de surpresas...
Sou estudante do Curso de Comunicação Institucional e bizarramente durante o primeiro período da faculdade vim estagiar na Divisão de Assistência á Saúde , vulgo enfermaria, da universidade em que estudo... Naquele momento esse estágio era tentador. Eu teria a tranquilidade que há tempos não tinha em nenhum emprego... E precisava daquilo... A vida é cíclica, hoje necessito de um Estágio/Emprego que exija o máximo de mim... Que eu tenha bastante reponsabilidades, tarefas... Mas ali meu objetivo era outro! Eu tinha tempo, conforto e paz!
Então fui descobrindo o que se faz em uma enfermaria de uma universidade:
- Mede a pressão de hipocondríacos
- Cuida de bêbados
- Distribui a rodo remédios para dores de cabeças, cólicas e azias
- Controla a parte burrocrática de licenças e atestados médicos
- Atende acidentes ocorridos dentro da instituição
Eu passo boa parte do tempo aqui no estágio sozinha (o que eu acho excelente)! E vira e mexe chega um ou outro cortado. Saber fazer um curativo simples, eu sempre soube ( já me ralei bastante nessa vida). No começo eu me negava, pedia pra voltar na hora que a enfermeira chegasse (quando era algo de leve) e já cheguei a chamar a Plus Santé (conveniada que faz atendimento médico emergencial aqui) para passar água oxigenada, anti-séptico e colocar bandaid no dedo de uma menina...
Até um dia que eu resolvi ceder... Enfermeira no intervavo. O cara chegou com um raladinho de nada na testa e eu vi que ele tiraria o meu sossego até eu fazer o maldito curativo... então, coloquei a luva descartável, respirei fundo e quando vi havia prestado meu primeiro atendimento cirúrgico... Depois disso eu determinei que quando o machucado fosse no dedo, eu faria o curativo... Um dia chegou um menino com o supercílio aberto! Até eu chamar a Plus o mundo já estaria ensanguentado ( o povo faz questão de se estrupiar sempre no intervalo da pobre enfermeira)... Então lá fui eu, com meu instinto Dr. House... E hoje quando me dei conta, estava acalmando uma menina enquanto com toda a serenidade do mundo tentava estancar o sangue do dedo dela, que estava com um puta corte que a princípio parecia que precisaria dar ponto!
Esse não é o estágio dos meus sonhos, mas tenho certeza que se eu superei isso, não tem Gerenciamento de Crise, Evento ou Assessoria de Imprensa que eu não dê conta...
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Minha garganta arranha
Sinto que as aulas de Psicologia que estou tendo vão acabar com minhas relações sociais... Meu professor falou que Freud disse que quando reprimimos os nossos pensamentos, os enviamos para o nosso inconsciente, e eles se traduzem em manifestações físicas e psíquicas no nosso organismo...
Um exemplo: Quando engolimos algo que nos deixou com raiva ou mágoa, isso reflete em uma bela de uma dor de garganta...
Essa teoria não é nova para mim... Sempre soube que minha gastrite não diagnosticada era reflexo de engolir sapos... Mas Freud tem um pouco mais de credibilidade do que eu...
Se tem uma coisa que eu simplesmente O-D-E-I-O é pacifismo... Para mim é puro sinônimo de hipocrisia... Não é o certo você sair mandando todo mundo enfiar tudo no cú e ponto... Mas Freud também disse que o medo das pessoas de falar a verdade é de ouvir uma réplica sobre si próprio!
Concordo...
Sei lá, as vezes eu odeio a humanidade... Queria ser uma tartaruga ou uma abelhinha, só para não ter que ver algumas atitudes que vejo de alguns seres da espécie homo sapiens. Ou então, quem dera ser um peixe, para em teu límpido aquário mergulhar...
Que eu sou ciumenta, barraqueira, intromeditérrima e grosseira, isso todo mundo já sabe... Mas ando desenvolvendo uma nova mania... A do ciúme alheio... Um grande filósofo , certa vez disse:
"Eu disse: Ado-a-ado, cada um no seu quadrado..."
Porra, é difícil cada um preservar o espaço do outro? Cuidar para não magoar?
É, difícil pra cacete, pq as pessoas são egoístas... Inconsequentes...
Dizem que ciúme é o medo que a gente tem do que é nosso ser dos outros também... Acho que eu entendi o "nosso" dessa expressão de maneira equivocada... Porque eu penso que o que é dos meus amigos é meu também... Mexe com o que é meu, que eu viro o bicho... Mas mexe com o que é dos meus amigos, que eu viro o demônio e acabo com a sua vida... Não, longe de mim ser aquelas amigas super protetoras, pegajosas... Acho que se eu fosse um pouco mais atenciosa, meus amigos até agradeceriam... Mas eu não me conformo que zoem com eles... E o pior, quando a "treta" (paulista mode on) é comigo eu posso dar barraco, falar o que eu quiser e tá beleza... Já passa... Mas meus amigos são mais educados do que eu... As vezes querem deixar quieto... E isso me consome... Ai, minha garganta...
Fico de mãos atadas (de pés descalços, com você meu mundo andava de pernas pro ar... menos alimac, muito menos...) .
Sei lá, esse post é só um desabafo... Em prol da minha garganta e do meu estômago...
Valeu galera!
Não pisa na linha hein!
Fui!!
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